Gargalha, ri, num riso de tormenta,
como um palhaço, que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.
Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
agita os guizos, e convulsionado
salta, gavroche, salta clown, varado
pelo estertor dessa agonia lenta ...
Pedem-se bis e um bis não se despreza!
Vamos! retesa os músculos, retesa
nessas macabras piruetas d'aço...
E embora caias sobre o chão, fremente,
afogado em teu sangue estuoso e quente,
ri! Coração, tristíssimo palhaço.
(Cruz e Sousa)
7 comentários:
Fico sempre feliz quando vc posta.Tenha um bom final de semana....
Quantas dores vão embora no riso de um palhaço... são os heróis dos hospitais infantis. Alcançam resultados que muitas vezes nem os médicos conseguem com todas as suas drogas e técnicas.
Acho que não acredito na tristeza de um palhaço... deve ser minha porção criança que só vê alegria nessa figura de tantas cores e trejeitos.
Beijos, Adri.
Obrigado pela mensagem carinhosa que enviou por email no dia do meu aniversário. Não imagina a alegria de ter sido lembrado. É tão bom saber que vc tem um amigo que pensa em vc. Um grande beijo.
Que maravilha este poema...
Sempre penso no palhaco como o ser mais triste do mundo...
Tem de fazer todo mundo sorrir, com o proprio sofrimento, talvez por isso eu nao consiga rir deles.
Abracos Dri.
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vivahojeesempre@gmail.com
Tenho passado por aqui de vez em quando e não te encontro. Por onde você anda?
Abraço!
Oiê..
Tôh
passando deixando pelo caminho,petalas de rosa de todas as cores e perfumadas,para você passar e ter toda felicidade desse mundo de DEUS,bjusss e saudades..
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