Cruz e Sousa (1861 - 1898)
João da Cruz e Sousa nasceu em Desterro, atual Florianópolis. Filho de escravos alforriados pelo Marechal Guilherme Xavier de Sousa, seria acolhido pelo Marechal e sua esposa como o filho que não tinham.
Foi educado na melhor escola secundária da região, mas com a morte dos protetores foi obrigado a largar os estudos e trabalhar.
Sofre uma série de perseguições raciais, culminando com a proibição de assumir o cargo de promotor público em Laguna, por ser negro.
Em 1890 vai para o Rio de Janeiro, onde entra em contato com a poesia simbolista francesa e seus admiradores cariocas. Colabora em alguns jornais e, mesmo já bastante conhecido após a publicação de Missal e Broquéis (1893), só consegue arrumar um emprego miserável na Estrada de Ferro Central.
Casa-se com Gavita, também negra, com quem tem quatro filhos, dois dos quais vêm a falecer. Sua mulher enlouquece e passa vários períodos em hospitais psiquiátricos.
O poeta contrai tuberculose e vai para a cidade mineira de Sítio se tratar. Morre aos 36 anos de idade, vítima da tuberculose, da pobreza e, principalmente, do racismo e da incompreensão. [http://www.cruzesousa.com.br/]
Inefável
Nada há que me domine e que me vença
Quando a minha alma mudamente acorda...
Ela rebenta em flor, ela transborda
Nos alvoroços da emoção imensa.
Sou como um Réu de celestial sentença,
Condenado do Amor, que se recorda
Do Amor e sempre no Silêncio borda
De estrelas todo o céu em que erra e pensa.
Claros, meus olhos tornam-se mais claros
E tudo vejo dos encantos raros
E de outras mais serenas madrugadas!
Todas as vozes que procuro e chamo
Ouço-as dentro de mim porque eu as amo
Na minha alma volteando arrebatadas
18 comentários:
Amigo,
Mudei o Feeds do Compartilhando as letras. Gostaria que vc linkasse o novo endereço para receber as novas atualizações.Beijão e obrigada
http://evelyns-place.com/compartilhandoasletras/
Obrigado por me ter mostrado mais um poeta desse Brasil de que eu tanto gosto.
Um abraço
Jorge
Drica, nao o conhecia e que triste vida a dele. Que pena que ele teve que viver numa época onde o Brasil era tap preconceituoso.
Um grande abraco
Uma semana cheia de amor e muito carinho pra ti meu anjo...beijos
Muito obrigada!
Gostei.
Abraços
Eliana Alves
Brava!
Cruz e Sousa me recorda inicio de vida escolar, hoje antes de escrver li um pouco sobre ele tb.
Meire
Poeta que desapareceu muito cedo. Com 36 anos era muito jovem ainda, na flor da idade...
Este poema canta o amor de todas as coisas. É um belo poema.
Um abraço,
milouska
Adri, pelo jeito ainda temos muita história desse nosso Brasil que permanece desconhecida. Grande achado o seu.
E que vida inefável e breve teve esse poeta. Não pude deixar de sentir um pesar pelo que ele passou...
Bom, obrigado pela presença. Tenha uma ótima semana!
Beijos!
Sabia poucas coisas a seu respeito, de sua curta trajetória porém intensa.
Beijos e flores!
Que história mais triste, que versos mais lindos. Obrigada por me apresentar este poeta.
Abraço
bom ver vc se recuperando e voltando com posts tão bons... bjs
Drica, não o conhecia, bela postagem, meu anjo! Aprendi um pouco mais!!!
Beijos!!!
Passei para visitar sua blogagem, da qual eu tb deveria ter participado.
Ficou muito boa, Cruz e Sousa me despertou interesse em uma época boa da vida.
Bjus
Olá querida, tdo. bem? Muito bom este post. Sou fã desse mestre do simbolismo brasileiro. Um dos poucos escritores negros e mulatos daquela época.
Forte abraço e ótima semana pra vc.
Passando para deixar uma boa noite pra vc e agradecer sua visita, bjus!!!
Adri seu blog está muito dez. Uma boa semana . Bjos
posso até levar anos sem aparecer +
sempre apareço...
estou voltando com o blog com força total e estou visitando meus amigos, parceiros
afinal n podemos esquecer jamais dakeles q nos deram força no inicio
enfim cá estou e voltarei, se poder fazer uma visita ao MUNDO AFORA será bem-vinda
bjos da déia
agora vou fuçar seu blog para ver o q perdi esse tempo
bjoooooooooooooooos
No despertar da Alma, a imensidão dos sentidos atinge o encanto e a magia do Ser. Beijo, Adri.
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