terça-feira, 1 de agosto de 2017

Não faça da felicidade uma ilusão.


Fernando Pessoa bem antecipou os riscos dos nossos tempos. Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos tem sido campeões em tudo.

Essa é nossa atual realidade. Transformamos a felicidade em uma ilusão. Em instantes compartilhados, infelizmente não em seu mais valioso sentido. Não é mais um sincero dividir, porém apenas uma exposição. Compartilhar. Apenas uma vitrine. Os seus riscos? O irrealismo. A total ausência de lucidez se acreditamos que a vida se reduz a um álbum de belas praias e conquistas. Assim, nos tornaríamos escravos das inseguranças alheias. Vitimas das ilusões criadas por almas ansiosas em se sentirem amadas.

Não transforme a felicidade em um pedestal inatingível. É preciso ter (e saber manter) uma sensata sabedoria diante desses riscos. A maturidade de enxergar a felicidade dentro da nossa própria existência e não fora. É compreender e viver, ao invés de admirar e se iludir. É ser feliz por amar a vida; e não amar a vida apenas quando for feliz.

Texto: Matheus Jacob – O homem que sente 

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