Fernando Pessoa bem antecipou os riscos dos nossos tempos. Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos tem sido campeões em tudo.
Essa é nossa atual realidade. Transformamos a felicidade em uma ilusão.
Em instantes compartilhados, infelizmente não em seu mais valioso sentido. Não
é mais um sincero dividir, porém apenas uma exposição. Compartilhar. Apenas uma vitrine. Os seus riscos? O irrealismo. A
total ausência de lucidez se acreditamos que a vida se reduz a um álbum de
belas praias e conquistas. Assim, nos tornaríamos escravos das inseguranças
alheias. Vitimas das ilusões criadas por almas ansiosas em se sentirem amadas.
Não transforme a felicidade em um pedestal inatingível. É preciso ter (e
saber manter) uma sensata sabedoria diante desses riscos. A maturidade de
enxergar a felicidade dentro da nossa própria existência e não fora. É
compreender e viver, ao invés de admirar e se iludir. É ser feliz por amar a
vida; e não amar a vida apenas quando for feliz.
Texto: Matheus Jacob – O homem que sente
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